segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Relatório de supervisor, prof. José Geraldo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL ESCOLA FELIPE DE BRUM SUPERVISOR: JOSÉ GERALDO DA SILVA OBSERVAÇÕES REALIZADAS NO II SEMESTRE/2015 Anexo: imagens de telas Durante o II semestre de 2015, foram realizados na Escola Estadual Cel Felipe de Brum, pelos acadêmicos bolsista do PIBID diversas atividades nas turmas do 7º, 8º e 9º ano, período vespertino. O Projeto Interdisciplinar teve como foco principal a cultura africana e afro-brasileira, e tiveram a atuação dos seguintes bolsistas: Adriana, Lilian, Marcelina, Michele e Selma. Durante o período de trabalho, foram apresentados aos discentes diversos vídeos relacionados a questão da escravidão e da cultura afro. Entre eles podemos citar trechos do filme “Amistad”, apresentação de músicas como “Negro Drama” e outras relacionadas a cultura afro. A metodologia de apresentação e desenvolvimento do trabalho consistia em uma fala inicial, e em seguida os alunos assistiam vídeos ou ouviam músicas, e depois eram feitas redações, e nessas produções textuais, era argumentado as observações do aluno a respeito do tema apresentado. Os alunos ainda realizaram pinturas em telas, trabalhos em cartolinas onde alguns desenhos foram sugeridos, e outros ficou por conta da criatividade de cada um, sempre abordando temas africanos e afro-brasileiro, houve também a contribuição da Professora de Artes Betiane, sugerindo a melhor maneira de realização do trabalho. Creio que o Projeto foi produtivo para a Escola, pois houve uma maior comunicação entre os professores de Língua Portuguesa, Artes, História e Educação Física, principalmente no mês de novembro, ao se aproximar o dia da consciência negra. Durante o período fizemos vários debates, e eles contribuíram para aumentar a conscientização e o respeito às diferenças culturais e raciais no âmbito escolar, e creio que se estendeu ao ambiente fora da escola, pois vários exemplos foram citados. O mundo atual vem passando por várias transformações sociais, religiosas que em alguns momentos são agressivas e que tem tomado uma dimensão de nível internacional, e os acontecimentos mundiais tem trazido para o ambiente escolar novos desafios, na relação ensino/aprendizagem, por outro lado a sociedade tem colocado em evidência a qualidade do ensino e a necessidade de estar apto para viver bem no mundo globalizado. As manchetes de jornais têm cativado a atenção do educando, e o conhecimento adquirido nos meios de comunicação acabam chegando a sala de aula, e isto tem contribuído para a formação crítica dos educandos. A escola tem sido o local por muitos escolhidos para referendar esse conhecimento, e a disciplina de História tem servido de palco de discussão, cabendo a nós educadores direcioná-los ao conhecimento científico para ter capacidade suficiente, para fazer críticas construtivas na sociedade, e que isso possa ser levado nas diversas situações em que esse conhecimento for cobrado. A economia capitalista é dinâmica, e por isto exige de todos os profissionais da educação aprimoramento e competitividade para permanecer no cenário do mundo globalizado, nesse cenário a minha pequena participação no PIBID até o momento, me trouxe muito enriquecimento social e intelectual. Em alguns momentos ouvimos a visão e a comparação de alguns alunos do antes, e do depois do trabalho realizado, ainda destaco o carinho dos alunos com as bolsistas e a curiosidade da parceria e inovação que este trabalho trouxe para dentro da sala de aula. Com uma abordagem diferente as aulas ficaram mais dinâmicas e assim a possibilidade de construção de novos paradigmas é motivada, e esta motivação chegou até a alguns alunos., Dispor de alguns recursos a mais, é muito importante, o PIBID nos tem sido uma alavanca que nos tira daquela visão míope, questionadora, e nos proporciona uma visão mais clara, ora pela orientação, ou em alguns momentos pelos recursos que apesar de pequenos têm dado mais dinamização nas aulas. A matéria prima a ser transformada é o jovem, e isto ocorre a partir de uma relação interpessoal muito próxima, nesse situação todo o cuidado é pouco, para que aquele grupo a nós confiado, sejamos capazes de leva-los a uma direção segura, e que o cotidiano do trabalho não se torne algo indesejado. No aspecto social a valorização da identidade e da cultura de cada um tem sido reconstruída nos trabalhos em grupos realizados durante o ano letivo. A partir da orientação do coordenador do projeto PIBID, as aulas têm ganhado um novo visual, e vejo resultados significativos na mudança de comportamento no ambiente escolar. O compartilhamento de experiências vividas e ouvidas em outros ambientes, e trabalhadas em sala, têm feito os alunos repensarem valores trazidos de seus lares. O trabalho realizado em sala pelos alunos do PIBID, como música abordando questões sociais, como as dificuldade enfrentadas por um jovem pobre, negro e que é discriminado por esta condição social, tem feito os alunos refletir suas visões de mundo, e aprenderem a valorizar os colegas como eles são. Os vídeos apresentados também foram fontes de inspiração e reflexão da capacidade, às vezes, cruel do homem com outro homem, isto foi observado no trabalho, e relatório de filmes relacionados com o tema escravidão, e dentro do tema a contribuição do negro na formação da cultura afro-brasileira. Os alunos perceberam a importância do respeito, partindo da contribuição que cada negro ou descendente prestou ao Brasil, na condição de cativo, sem perspectiva de crescimento, e visto como inferior naquele momento pelo descendente de europeu, apesar de todo sofrimento enfrentado esse negro reagiu e buscou o seu espaço na sociedade brasileira, e hoje os desafios se comparados com o passado são bem menores, e a contribuição e o reconhecimento de todos se faz necessária para termos um país mais rico e livre de preconceitos religiosos, ou de “raças”. Nesse aspecto acreditamos que o Brasil tem sido um modelo para o mundo, e este jovem de hoje precisa estar preparado para o futuro.

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